Aime – Qualidade que uma pessoa tem de interrogar os espíritos.
Aperseguir – Acção de atormentar, por parte dos maus espíritos.
Bruxa – Mulher que faz pactos com o demónio e realiza sortilégios malfazejos.
Búltemo – Suposta aparição de silhueta imprecisa, fantasmagórica, que se atribui a artes mágicas, aparecendo de noite.
Cubrante – Resultado mórbido produzido pelo mau-olhado.
Curadêra – Curandeira, mulher a que o povo atribui supostos poderes para curar certas doenças.
Espirtos – Entes imaginados e malignos que vêm habitar o coração das pessoas.
Estoiro – Estampido forte provocado pelos lobisomens.
Fadoiro – Encanto que uma pessoa possui dado por um poder sobrenatural.
Feitecêra – Feiticeira, mulher possuidora de artes maléficas.
Figa – Acto de fechar a mão, metendo o dedo polegar entre o indicador e o médio; emprega-se para afugentar os maus espíritos.
Hora mortal – Hora tardia da noite em que aparecem os vultos fantasmagóricos e os lobisomens.
Incruzilhada – Cruzamento de caminhos, onde as bruxas e os lobisomens costumam passar.
Labisome – Homem que se transforma em animal para cumprir um fadoiro.
Labisongo – O mesmo que labisome.
Males – Bruxedos.
Mestero – Mistério, acontecimento estranho e inexplicável.
Mardomo – O mesmo que labisome.
Nonos – Diz-se de dias ímpares, julgados benfazejos e propícios à realização de certos trabalhos, tanto agrícolas, como medicinais e mesmo mágicos.
Pantasma – Fantasma, imagem ilusória de aspecto macabro; abantesma.
Penar – Cumprir um fadoiro.
Remorsos – Pressentimento.
Sumo – Desaparecimento atribuído supersticiosamente a causas fantásticas.
Terpel – Tropel, barulho intenso e medonho que se supõe provocado por entes sobrenaturais.